quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Lê e Reflecte

Uma vez escuteiro, para sempre escuteiro.
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Uma vez pertencendo a uma organização a nível mundial, como é o caso do Escutismo, o indivíduo ficará no coração dos dirigentes e companheiros escutistas.
Se tu pensas que o escutismo é uma coisa para "betinhos", estás muito mal enganado. O escutismo foi criado para que os jovens deste mundo não fizessem coisas más, para encaminhar os jovens a terem uma vida melhor, para não escolherem caminhos incertos e mais importante, para os jovens aproveitarem o bem mais valioso deste planeta, A Vida.
__Quando entras para o escutismo e fazes a tua 1ª promessa, começas a fazer parte da grande família dos escuteiros e quando decides seguir a tua vida, tu não deixas de ser escuteiro. É como se fosse uma marca na tua vida, uma cicatriz que não sai nem com uma intervenção cirúrgica. Optando pela vida que o nosso Chefe Mundial optou, BP (Baden-Powell), tu passas a ser escuteiro e morres escuteiro. Mesmo quando morres, o teu nome fica gravado no grande arquivo escutista. Todos os escuteiros são lembrados, independentemente da raça, cor, estatuto social e religião. O escutismo é para todos, não para alguns.
__Cada escuteiro segue o seu ideal, cada escuteiro tem o seu modo de viver, mas não deixa de ser um Escuteiro. Não obrigo ninguém a ser escuteiro mas uma das coisas mais agradáveis e bonitas é ser um escuteiro. Eu sou um Escuteiro.
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Queres experimentar? Ou queres ser um Escuteiro do CNE?
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by: André Martins (190 pioneiros)

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Não é escutismo...



"Quando você precisa tomar uma decisão e não toma, está tomando a decisão de não fazer nada."
William James

"Nunca cruze os braços para o seu próximo, pois o maior homem de todos os tempos morreu de braços abertos."
Autor Desconhecido




Duas frases...


Dois pensamentos para esta semana...


Mas não queria ficar por aqui...




Deixem-me transcrever o que o Robert Baden-Powell nos diz sobre O QUE O ESCUTISMO NÃO É...




  • Não é uma organização de caridade, para ser dirigida por pessoas da alta sociedade, para benefício dsa crianças pobres;


  • Não é uma escola, com programas definidos e critérios de exame;


  • Não é uma brigada de oficiais e soldados, onde à força de paradas e formaturas, se inculca virilidade nos jovens;


  • Não é uma agência de pequenos mensageiros, para comodidade do público;


  • Não é um espetáculo, onde se obtêm resultados superficiais por meio de uma renumeração, em insígnias de competências, medalhas, etc...


Todas estas coisas vêm do exterior, enquanto a formação escutista vem de dentro para fora. portanto, só nos serve, sermos cidadãos activos e úteis!



(in Auxiliar do Chefe Escuta, pág. 34)



Agora sim... deixo ao vosso critério reflectirem (ou não...) sobre o que este "bichinho" chamado de Escutismo significa na vossa vida de todos os dias...estejam onde estiverem e com quem for...



Uma forte e apertada canhota para todos os pioneiros!



Chefe Rosa Calado


(Golfinho Brincalhona)



domingo, 4 de fevereiro de 2007

4 de Fevereiro de 1963

Porquê esta data? Existirá alguma ''informação'' importante a revelar neste dia e mês?
A resposta será sim! Hoje, e certamente muita gente não se recorda, gostaria de lembrar no blog próprio, o dos pioneiros, que na data já acima referida S. João de Brito foi executado a golpes de cimitarra, condenado á morte. Mais abaixo revelamos um pouco da história deste nosso grande patrono, o patrono da 3ª secção, a dos pioneiros. . .

Saudações escutistas, bom domingo!


S. João de Brito:

. . . Nascido em Lisboa, a 1 de Março de 1647. Filho de Salvador de Brito Pereira e de D. Brites Pereira, descendentes da família de D. Nuno Álvares Pereira. Aos dois anos de idade fica órfão de pai. Aos onze anos fica gravemente doente. Quase sem esperança, a mãe invoca S. Francisco Xavier e promete que, se o filho melhorar, ele vestirá, durante um ano, a roupa dos padres missionários da Companhia de Jesus. Salva-se... e, uma vez vestida aquela roupa, não mais a quer largar. Pede para ser admitido na Companhia de Jesus, o que só consegue depois de vencer grandes dificuldades, levantadas principalmente na corte, onde não se querem ver privados do seu agradável convívio, e por sua mãe que sabe quanto ele é fraco fisicamente.

A 17 de Dezembro é, finalmente, admitido. Onze anos depois, a seu pedido, é missionário nas piores regiões da Índia, onde desenvolve uma actividade particularmente notável: conversões, baptismos, comunhões, etc., contam-se aos milhares. É perseguido várias vezes. Chega a estar preso e a ser condenado à morte. A execução, porém, não se realiza. Mas, uma vez em liberdade, sem se atemorizar, continua o seu apostolado. As autoridades pagãs, contudo, apertam o círculo da perseguição e, dentro em pouco, é nova e definitivamente preso. Quando lhe comunicam que vai ser executado, alegra-se porque vai morrer pelo Senhor.

A 4 de Fevereiro de 1693, na cidade de Urgur que lhe serviu de cativeiro, é executado a golpes de cimitarra. Morre tranquilamente, dando graças a Deus.

É Patrono dos Pioneiros, porque, na sua vida soube vencer os obstáculos, atravessou os mares para ir ao encontro dos outros, reflectiu seriamente sobre a sua vocação que, uma vez descoberta, nunca abandonou. Espelha bem na sua vida toda a mística dos Pioneiros, simbolizada na gota de água, na machada e no rumo certo da rosa-dos-ventos.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Um conto escutista...

O chiar dos travões do velho autocarro da carris fez acordar o rapaz dos seus pensamentos. Chovia diluvialmente e o rapaz entrou molhado. “Bom dia” disse sorrindo para o motorista que via todos os dias. Via-o como mais uma vida passageira, mais um figurante do seu percurso, do trilho sinuoso da sua jovem vida. O homem, de meia idade, menos meia no que diz respeito ao acumular de stress e cansaço rotineiro, sorriu-lhe meio admirado, dizendo “Muito obrigado jovem”. Será que ningém cumprimentava aquele calado senhor? Não, nos nossos dias já ninguém liga a ninguém, observamos os outros como olhamos para as coisas. Nem o vizinho de cima sabemos quem é... Para quê? Não interessa! Interessa-nos sim é este culto egocêntrico do final de milénio. Até o mais simples “bom dia” se tornou banal, vulgar, causal. Mas o senhor sentiu o calor do cumprimentar da manha.
Pensando nisto e lendo o jornal do passageiro da frente (mais uma desgraça para o seu querido glorioso), o rapaz sentou-se.
Lá fora chovia cada vez mais e o rosto das pessoas afigurava-se como o céu: cinzento e nublado. O rapaz lembrou-se então de uma noite de alegria em que acampou e perguntou pela razão desta gente toda não ter a sorte e a graça de Deus de ter vivido a vida que vivia. Se o tivessem feito, triste e cansado seria somente o inverno...
Sem dar por isso começou a cantar aquela música que se calhar vocês sabem: a da vaca leiteira. Num instante todos os olhares fitavam o rapaz, uns perguntando se era louco, outros rindo-se, outros gozando, mas curiosamente nenhum o mandou calar. Passado uns dois minutos, naquela improvisada plateia, já um velhote assobiava a musica , uma criança fazia os gestos e o motorista cantava num vozeirão “Dalim dalão, dalim dalão”.
Afinal, aquele autocarro inútil, passageiro, que todos os dia ia para o mesmo sitio, era o autocarro da alegria. Naquele inverno, aquele inferno dos transportes públicos tinha-se transformado no céu. Os problemas tinham sido esquecidos com aquela música que parece meio ridícula. A cantiga afinal é uma arma pensou o rapaz. Esvaziando os bolsos, (já meio rotos devido ao canivete) de toda a papelada que diariamente encontrava no chão o rapaz levou à mão um bloco... Do lado de trás uma mulher forte disse “se é para rifas não tenho trocado...” O rapaz sorriu e escrevinhou a letra da musica da vaca e ofereceu-a ao motorista fazendo-o prometer que todos os dias, naquela mesma hora cantaria aquela música. O homem, abanou a cabeça afirmativamente num gesto de felicidade. O rapaz, como uma criança de 5 anos saltou do autocarro dizendo “é bom saber que em cada sorriso que espalho, planto uma esperança”.
O autocarro partiu, o motorista sorriu. O rapaz voltou para casa a cantarolar. O rapaz ficou conhecido pela musica da vaca leiteira. O rapaz dai em diante animava o autocarro. Sem o rapaz aquela hora e talvez aquele dia não tinham significado algum. Com o rapaz, não havia lugar para os problemas mesquinhos desta vida passageira. E o rapaz sentia que estava a ser útil.
Ah, é verdade, o rapaz era escuteiro....

JoeWhite,
Agrup. 900 Monte Abrãao